es são descritas (quando são descritas) como dificuldades não técnicas, ou seja, como dificuldades que não podem fazer parte de nenhum programa de instrução e cuja transmissibilidade não depende, naturalmente, de nenhum 5 instrutor. Nestas alturas, os menos acanhados gostam de referir-se (desacanhadamente) à faculdade de entender aquilo que não tem compêndio como um «dom do entendimento» 1 . Seja como for, abençoados ou não por estes dons, os pacientes mais modestos dão lugar ao espanto (o comportamento que uns dizem ser o início mais genuíno de todo o conhecimento 2 ), enquanto os menos modestos cedem terreno a uma obra de arte. Se fosse ainda fosse possível arriscar uma caracterização do comportamento dos segundos seria o qualquer coisa como isto: o exercício de uma actividade que faz daquilo que não está abrigado num conceito a resolução de uma dificuldade. 4. Antes de prosseguir, gostaria, no entanto, de sublinhar que não pretendo insinuar que estas dificuldades, bem ou mal resolvi...